Neste país distante de nós e da nossa cultura, fomos encontrando algumas (só algumas...? Nã.) situações que nem sempre compreendemos. Ouvimos barulho de tambores, que cada vez se aproximava mais... muita gente a ladear uma avenida em estado de euforia. Tentámos perguntar o que se passava. Uns, não falavam inglês, mas sorriam-nos muito felizes; outros procuravam dizer-nos qualquer coisa que nós íamos tirando umas pelas outras... Bem, afinal de contas parecia que se tratava de um famoso ator do teatro Kabuki que vinha lá... Ficámos para ver.
A história de Gion começou nos tempos feudais, com a origem das primeiras casas de chá do séc. XVII, presentes (algumas delas) até hoje.
Vimos um letreiro bastante interessante:
Estando nós no bairro das gueixas, somos advertidos de que não lhes podemos tocar... E esta, hein...?
No final do séc. XVI, o tradicional teatro Kabuki mudou-se para Gion e passou a ser o paraíso do entretenimento japonês.
Ao contrário da opinião que se tem no ocidente, as gueixas não são o equivalente a prostituta. São mulheres que se vestem com a roupa tradicional e usam uma maquilhagem peculiar. A condição destas mulheres é cultural, simbólica e repleta de status, delicadeza e tradição. Ao longo dos séculos, este contexto foi desenvolvido pelo aperfeiçoamento da técnica de entretenimento, conquistando o amor e respeito através do conhecimento de artes tradicionais como a dança com leques, tocar instrumentos musicais, mas sempre no contexto da arte.
Até encontrámos um restaurante (português?) com o Galo de Barcelos. Só surpresas!
Curiosidade:
Os Crisântemos (chamados: Kiku) são a flor nacional do Japão e um dos maiores símbolos da Família Imperial Japonesa. Esta flor tem um significado muito especial para os japoneses. Simboliza o Outono, porque é nesta estação do ano que se torna mais intenso. Também há quem o considere o símbolo do sol, por causa da perfeição e perícia de abrir as mais de 300 pétalas...
Esta flor teve origem na China e foi levada para o Japão no ano 400 d.C. por monges budistas. Este é o motivo pelo qual encontrámos muitos crisântemos nos Templos Budistas.
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