segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Japão VII...

...e o Hachiko.
 

Em abril de 1934 o escultor Tern Ando fez esta estátua, em bronze, de Hachiko  (que em japonês significa cão fiel) e foi colocada em frente da estação de comboios de Shibuya.

Uma História Real
 
Em 1924, um professor do departamento de Agronomia da Universidade de Tóquio, Hidesaburo Ueno, trouxe Hachiko para Tóquio e todos os dias Hachiko (carinhosamente chamado de Hachi) acompanhava o professor Ueno desde a porta de casa até à estação de Shibuya. Regressava a casa e, ao fim do dia, voltava à estação para "ir buscar" o dono. Este ritual durou até maio de 1925, altura em que o professor Ueno teve um AVC, na universidade, tendo acabado por morrer e não ter voltado à estação como era habitual. A felicidade de Hachi não voltou a ser a mesma e, todos os dias, ele ia até à estação na esperança de ver o dono.
 
A família do professor levou-o para Asakusa (no leste de Tóquio) para continuar a cuidar dele, mas Hachi fugiu várias vezes e correu sempre até à estação na espectativa de voltar a ver o dono. Procurava-o entre os vários passageiros e só saía quando as dores da fome já eram insuportáveis. Fez isto dia após dia, ano após ano. Sentava-se em frente da estação, à espera. Nada o demovia.
 
Como esta dedicação já era conhecida desde os tempos do professor Ueno, os transeuntes tentavam mimá-lo com petiscos, mas ele ignorava a comida. E durou dez anos... tendo acabado por morrer, também.
 
A história de Hachiko foi levada até ao principal jornal do Japão. o Asahi Shinbun. A divulgação desta dedicação de amor pelo dono foi publicada. O povo japonês soube da história e ela tornou-se uma espécie de celebridade nacional.

Em 1987, um filme japonês chamado Hachiko Monogatari (O Conto de Hachiko) foi exibido. Mais tarde, em 2009,  foi feito um outro filme, desta vez americano Hachiko: A Dog's Story,  protagonizado por Richard Gere no papel do professor Ueno.

Eu vi este filme e... chorei.

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