...Vilnius, capital da República da Lituânia, é a cidade mais populosa do país, com cerca de 600 mil habitantes. O centro histórico da cidade (Cidade Velha) data do séc.XVI e foi considerado (em 1994) Património da Humanidade pela UNESCO.
Ao longo do tempo, as vagas migratórias históricas imprimiram a esta cidade uma atmosfera mais multicultural do que nas restantes cidades do país. A referência mais antiga de Vilnius surge numa carta de 1323, do grão-duque Gediminas, na qual convidava cidadãos das cidades alemãs a fixarem-se nesta cidade, garantindo-lhes isenção de impostos e outras regalias.
Durante o Reino Unido da Polónia e da Lituânia e após um período de guerras, invasões e incêndios devastadores, entre o início do séc. XVII e meados do séc. XVIII, a cidade renasceu decorada com o novo estilo Barroco. Vilnius recuperou o estatuto de capital do país em 1918, mas por pouco tempo... só um ano! Porque, durante a ocupação polaca, o governo lituano transferiu-se para Kaunas e Vilnius perdeu a importância económica até à invasão soviética em 1939. A II Guerra Mundial devastou a cidade e aniquilou grande parte da população judaica, mas Vilnius expandiu-se sob o regime soviético.
Após a independência, a cidade saiu do seu isolamento e transformou-se numa moderna e dinâmica capital europeia.
Igreja de Sta. Ana (estilo Gótico), foi usada pelos soldados de Napoleão (em 1812) como aquartelamento durante a invasão da Rússia. Felizmente sobreviveu aos tumultos ao longo dos séculos.
Igreja de Sta. Ana |
Catedral de Vilnius (estilo Neoclássico),teve diversas funções desde foi construída como igreja cristã num local pagão em 1251, mas a estrutura atual data essencialmente do séc. XVII.
Em 1950, os soviéticos encerraram-na (assim como outras na cidade...) e inicialmente foi destinada a oficina de reparação de camiões. Seis anos mais tarde foi reaberta como galeria de pintura e novamente devolvida ao culto católico em 1989.
Nesta belíssima catedral escondem-se belos tesouros, tais como a capela barroca de S. Casimiro e as galerias labirínticas da cripta.
Inicialmente o Campanário da Catedral de Vilnius fez parte do forte da cidade e ao lado está o símbolo do cordão humano que ligou Vilnius, Riga e Tallin em 1989.
O Caminho do Báltico, assim foi chamado, constituiu um acontecimento muito importante no processo de independência dos estados Bálticos. Mais de 2,5 milhões de pessoas juntaram-se numa extensão de 650 Km, como protesto contra a assinatura do Pacto Molotov-Ribbentrio, 50 anos antes, e que destruiu a soberania da Estónia, Letónia e Lituânia.
No dia 23 de agosto de 1989, às 19h, depois de um sinal emitido pela rádio, milhares de pessoas juntaram-se e formaram o dito cordão que uniu a Torre Gedimino (Vilnius), o Monumento à Liberdade (Riga) e a Torre Hermann (Tallin).
Assim foi demonstrado o desejo dos estados bálticos de se separarem da União Soviética.
No dia 23 de agosto de 1989, às 19h, depois de um sinal emitido pela rádio, milhares de pessoas juntaram-se e formaram o dito cordão que uniu a Torre Gedimino (Vilnius), o Monumento à Liberdade (Riga) e a Torre Hermann (Tallin).
Assim foi demonstrado o desejo dos estados bálticos de se separarem da União Soviética.
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