sexta-feira, 7 de junho de 2019

CHINA / Yangshuo XIX...

...chegados a Yangshuo, surgiu-nos uma vontade imensa de conhecer o interior desta região. Lugares não turísticos. Conhecer, ou tentar conhecer, como vivem os locais. Encontrar resposta para algumas perguntas que por "cá" se fazem: qual é o destino dos chineses que morrem? Comem cão...? E outras mais. Lá fomos, à procura de respostas...
 

Pelo caminho...
  

 
Segundo informação obtida, tudo o que por aqui se come é fresco.
Não há frigoríficos em casa. Não é necessário.
Bem... a carne...

Também por estes lados e em contraste com o consumo que vimos no norte do país, aqui: tudo se recicla. Nada de modernices capitalistas!

 

 


 

Os arrozais e quem neles trabalha.

O motorista que nos foi "destinado" levou-nos não só pelos campos, mas também a visitar uma casa rural de dois idosos que vivem sozinhos. Têm cerca de setenta e poucos anos. Ainda que não falassem nada, a não ser o mandarim, entendemo-nos: o sorriso no olhar é meio caminho para cruzar "fronteiras".
 
Fomos recebidos pela simpática senhora ...
 
....que logo tratou de ensinar a fazer leite de soja...
 
...e houve logo um voluntário que deitou mãos ao trabalho...!
Do outro lado, o marido varria cuidadosamente (antes de se ter sentado para fumar...) e controlava o cunhado que reparava o telhado...
 

 
A casa principal era composta por uma sala e dois quartos. Cada um dos cônjuges dormia em quartos separados... Porquê? Porque ele fumava toda a noite e acabavam sempre por passar as noites a discutir.
 
A sala com televisão...
 
Os dois quartos...
Na parte posterior da casa (e onde o cunhado arranjava o telhado) era a cozinha:


Mas, o que mais nos impressionou foi o que vimos no lado oposto a este "fogão" em plena cozinha: as tumbas para quando morrerem. Já estão preparadas para não dar trabalho aos descendentes que "têm a sua própria vida" e ali ninguém depende de ninguém.
 

Na despedida, a senhora quis pousar com um chapéu e capa tradicional.
Parecia feliz e, quando lhe respondemos "Xiexie" (obrigado), achou muita graça.

 

Depois desta visita, indagámos sobre o destino dado aos mortos. Foi-nos explicado que muitos são cremados e outros enterrados. Não há propriamente cemitérios, cada um enterra no terreno que tem.  Assim, há uma harmonia entre os que vão e os que ficam. Assinalam (com fitas) só o nome no lugar onde foram sepultados
 


 

Outra das nossas dúvidas, era relativa à alimentação à base de cão. Sim, é verdade nesta zona ao sul da China. Nem todos comem e nem todo o tipo de cão. Só os de uma certa raça. E, se alguém tem um cão daquela raça e tem afeto por ele, pode trocar com um vizinho que tenha outro igual...
Foi com uma enorme tristeza que olhei para ele.
 
 


1 comentário: