Se uns tinham olhar desafiador, outros usavam técnica apurada para nos cativar. O que não foi nada difícil...
Entraram no nosso barco de mansinho e, sem que lhes dessemos tempo, dedicaram-se a fazerem-nos massagens. E com técnica. Meninos que ganham dinheiro com o "turista" mas que vão à escola.
O guia explicou-nos (???) que não se tratava de "exploração infantil", era uma forma de ajudarem a família muito natural na cultura deles.
Mas a surpresa surgiu. Inverteram-se os papéis... sentiu-se carinho.
Eles eram dois, mas um transbordava de timidez. Sorriso e olhar doce e malandro.
Nada tinha que os pudesse acarinhar. Só duas esferográficas desajeitadas e esquecidas na mochila. Foi um presente dos Deuses. Mas pedi-lhes que escrevessem para mim... e fizeram-no.
Deixei as esferográficas bem entregues. Foi uma compensação para o meu coração. Obrigada Meninos do Camboja.
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