sábado, 31 de outubro de 2015

Em Phoenix...

...visitámos o Heard Museum.

 
Este museu, foi fundado em 1929 por Dwight B. e Maie Bartlett Heard para albergar as suas coleções pessoais, destina-se a dar a conhecer a herança deixada pelos nativos - native americans -, assim como a vida, a cultura e as artes, com especial enfâse para o povo sudoeste dos Estados Unidos.
 
 
The Navajos that leave the reservation
And come to Phoenix
Never intend to stay.
In their bags they pack their plans
For returning home.
 
                                          Ofélia Zepeda, Tohono O'odham
 
 




 
 
 

 
 

"Home in the Navajo Nation"
 
  





It was our life's blood
Everything we live on
Comes from the river
We drink the water
We grow crops.
That's all a part of what we are her.

                                       Ofélia Zepeda, Tohono O'odham

Um pouco mais de informação:
Os american native são os povos nativos da América do Norte que vivem em certas regiões desde há muitos séculos. Eles já ocupavam uma grande parte do território antes da chegada dos europeus (séc. XVII). Iniciou-se a colonização com a chegada dos ingleses, franceses e espanhóis. Consequentemente, as tribos já formadas, foram aos poucos perdendo não só as suas terras mas também alguma parte da cultura.
 
As diferentes tribos possuíam alguns aspetos culturais, religiosos e políticos comuns entre si. No entanto, cada povo conservava a sua própria identidade cultural. Algumas características culturais que lhes eram comuns:
  • viviam em habitações semelhantes a tendas, feitas com peles de animais e galhos das árvores;
  • viviam da agricultura, da caça e da pesca;
  • Os povo estavam divididos em tribos e cada tribo possuía uma subdivisão - os clãs (as famílias);
  • tinham crenças religiosas, ainda que não estivessem organizados em religiões. Acreditavam na existência de um criador de tudo, a quem chamavam "O Grande Espírito". Também, cada tribo tinha um índio (geralmente um dos homens mais velho) que era responsável pelos rituais de cura e transmissão de tradições;
  • consideravam a terra e os elementos da natureza como sagrados;
  • possuíam nomes que simbolizavam características físicas ou de carácter. Muitos destes nomes eram marcados pela presença de nomes de animais e aspetos da natureza. Por exemplo: Touro Sentado, Nuvem Vermelha, Cavalo Louco...
No séc. XIX intensificou-se a conquista do oeste dos Estados Unidos por parte dos colonos americanos. Procuravam territórios para fundarem cidades, intensificar a agricultura e explorar as minas de ouro e riqueza naturais (principalmente a madeira). Neste processo, ocorreram guerras entre estes colonos e os povos indígenas que habitavam a região. Em 1868, ocorreu a sangrenta batalha de Washita, entre colonos americanos e índios cheyennes. Mais tarde, em 1890, ocorreu um outro conflito de grande importância entre o povo Sioux e os conquistadores americanos.
No começo do séc. XX, uma grande parte do território central e oeste tinha sido conquistada pelos colonos americanos. Os pouco índios que sobreviveram às guerras ficaram confinados em pequenos territórios.
 
Atualmente, os poucos descendentes destes povos vivem em reservas indígenas estabelecidas pelo governo americano a partir do século XX.
 
 
The mountais
Remind me of home.
It just feels like you're in
A big bowl, and you're
Protected from all the
Outside forces.

                                         Michael Ornelas, Navajo,
 
 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

E assim chegámos à capital do Arizona...

...Phoenix. Está situada na região central do Arizona, numa das zonas mais secas e desérticas. Fica bem no centro do deserto de Sonora.  A cidade está rodeada de montanhas: a nordeste, as Montanhas McDowell; a oeste, as Montanhas White Tank; a leste, as Montanhas Superstition e a sudoeste a Sierra Estrella.
 
Phoenix foi construída no local de antigos canais de irrigação indígena. Estes canais foram utilizados para irrigar a zona e desenvolver a agricultura local.
 
Sobre os povos indígenas ligados a esta região... farei referência no próximo post !!
 

 
 
 
"Mas, o que é isto: um passarão ou um avião...?" Não, nada disso. Trata-se de uma obra de arte: é uma escultura modernista de Janet Echelmam.
 


Uma biblioteca numa árvore!







Curiosidades:

  Este aviso estava na porta de um departamento público...
  
 
 Ainda se vê disto...

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

...Sedona.

Sedona é uma cidade que atravessa a linha entre o Condado de Coconino e o Condado de Yavapai.
 
A beleza de Sedona reside principalmente na variedade de vermelho de arenito que está na paisagem que a rodeia. As formações parecem brilhar em cores que vão do laranja ao vermelho, quando iluminadas pelo nascer do sol ou pelo poente. Este último, foi o momento que nos recebeu...
 
Mas a cidade é animada. Para qualquer lado que nos virássemos, algo nos surpreendia e fazia rir.



Este cowboy, sentado à porta de uma loja, movia os olhos de um azul profundo e mexia os braços. Também falava qualquer coisa... Não resisti e entrei na loja para ver. Ooooppsss... um cesto com balas, armas, facas, cutelos, espingardas... e o dono, sorridente, percebeu que eu não "ia às compras"!
 
Cá fora, um cowboy a sério (seria...?). Pelo menos fazia que sim: indumentária à séria, com esporas e tudo, mas com cara de poucos amigos e acompanhado por uma "piquena" pouco dada a "coboiadas"...
 
Seguimos.


Que bem que dançam...

 Aqui, outra lojeca. Entrei (o que fiz em quase todas elas...) e... vendiam-se coisas estranhas... umas ervas... e mais facas e pistolas... não percebi nada!!! Mas tudo "numa boa".



Olha, olha! Quem ele é...!!!
 
 

A temperatura estava bem elevada, mas os preparativos para o Natal já por lá andavam.


Curiosidades:






Foi com vontade de ficar que partimos. Mas a pensar arranjar uma matrícula deste tipo para os nossos carros...

 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Ainda no Arizona e depois de muita aridez...

...deparou-se-nos um elegante oásis para tomar café.



 




 
À nossa volta, floresta densa e de verde matizada. Por detrás, as montanhas vermelhas e impressionantes desfiladeiros...
 




 
Não tínhamos vontade de sair daquele lugar. Inspirava magia. Mas ainda nos esperava uma longa viagem. Estávamos perto de...